Fique por dentro dos principais indicadores do mercado imobiliário
Conhecer os indicadores do mercado imobiliário é de extrema importância, seja para quem atua no setor, seja para quem investe nele. Trata-se de um mercado muito dinâmico, e estar a par das flutuações desses indicadores pode fazer toda a diferença no momento de uma negociação.
Como o próprio nome diz, esses indicadores apontam caminhos que colaboram para a tomada de decisão e a adoção de estratégias. No entanto, saber interpretá-los é fundamental, para que as escolhas sejam as mais acertadas possíveis.
Para isso, contamos com os especialistas que fazem previsões e ajudam a quem investe no setor — evitando definições precipitadas e posteriores arrependimentos.
Sendo assim, neste artigo, vamos relacionar os principais indicadores do mercado imobiliário — mesmo os que não têm ligação direta com o segmento, mas que o influenciam de alguma forma. Continue a leitura e confira!
Índice Nacional de Custos da Construção do Mercado (INCC-M)
Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), esse índice tem por objetivo analisar e acompanhar os valores dos imóveis habitacionais em sete capitais. São elas: Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e Brasília.
Para aqueles imóveis que ainda estão em fase de construção, o INCC-M é adotado para reajustes de parcelas dos contratos já firmados — mas que estão presentes nas cláusulas dos mesmos. Vale ressaltar que o cálculo do INCC compreende os valores gastos com materiais utilizados nas construções —instalações, acabamentos, estruturas, etc.
Custo Unitário Básico da Construção Civil (CUB)
Considerado um dos índices mais importantes, o CUB é empregado na atualização dos contratos de imóveis que se encontram ainda na fase de construção. É, na verdade, um indicador dos custos médios de um empreendimento — relacionados à mão de obra e aos materiais utilizados.
O fato é que os cálculos feitos para a obtenção dos valores não são únicos: eles podem variar muito, dependendo da região onde o imóvel se situa, além de que os valores corrigidos só valem para unidades que estão ainda em construção.
Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M)
Medido também pela Fundação Getúlio Vargas, o IGP-M é um indicador que calcula os ativos, como bens, valores, entre outros. O cálculo desse índice se aplica aos contratos de compra e venda de imóveis que já foram construídos, assim como para correção de contratos de locação de imóveis. Resumidamente, o IGP é o definidor de reajustes e correções nas transações imobiliárias mais importante, incluindo os financiamentos de longo prazo.
Taxa SELIC
Determinado pelo COPOM — órgão vinculado ao Banco Central, esse índice se refere à taxa de juros da economia. Sua finalidade é ser uma referência de juros praticados no mercado. Na verdade, a Taxa SELIC tem a ver com a média das taxas relacionadas a negociações de títulos do Tesouro Nacional.
A taxa SELIC é um indicativo que o governo utiliza para combater à inflação, visto que os juros mais baixos estimulam o aumento do consumo, colaborando para que empréstimos e financiamentos se tornem mais baratos. No caso do mercado imobiliário, conhecer os cenários que se apresentam para a comercialização de imóveis faz a diferença.
No caso dos juros mais altos, os financiamentos se tornam menos acessíveis para quem compra, mas os investimentos de renda fixa atraem os investidores. Por outro lado, a queda da taxa de juros possibilita mais vendas e o aquecimento do mercado.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
O IPCA é um índice de referência que mede a variação dos preços de mercado que chegam para o consumidor final. Trata-se de um indicador definido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É um termômetro essencial para avaliar a perda do poder de compra da população. O índice é calculado desde 1.979 e sua função é identificar as flutuações de preços praticados no comércio.
Utilizado pelo Banco Central para o monitoramento da inflação, o índice — que analisa os preços de uma cesta básica representativa para as famílias brasileiras — é medido em treze áreas geográficas, que são as regiões metropolitanas de Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Fortaleza, Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte, Belém, Vitória, além do Distrito Federal e dos municípios de Campo Grande e Goiânia.
Índice FipeZap
É um indicador atualizado com muita frequência e que avalia os preços no setor imobiliário, tomando por base os anúncios dos imóveis. Trata-se de um índice fornecido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), em que são colhidos muitos dados que mostram o cenário econômico das grandes cidades do Brasil.
Indicadores do Mercado Imobiliário ABRAINC/FIPE
São indicadores de grande relevância no mercado imobiliário nacional, frutos da parceria da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).
Mensalmente, é feita a divulgação do movimento no mercado, como lançamentos, vendas, entregas e oferta final por essas duas instituições. O número de distratos (contratos desfeitos) no setor de imóveis comerciais é outra informação muito relevante, que é também divulgada nessa pesquisa.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
Medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística desde 1.979, o INPC é obtido a partir de outros indicadores, como o Índice de Preço ao Consumidor Regional e revela o custo de vida dos brasileiros. O índice é calculado, considerando-se o período da obtenção das informações, que se iniciam no começo do mês vigente e que vão até o final do respectivo mês, podendo variar o dia, de acordo com o final de cada um deles — 28, 30 ou 31.
Os dados que participam da coleta são os relativos a aluguéis de imóveis comerciais, residenciais e prestadores de serviços. O Índice é muito utilizado para reajustar parcelas nos contratos de imóveis já construídos, assim como para a negociação de reajustes de salários.
Os indicadores do mercado imobiliário geram impactos no mercado de imóveis e, por isso, devem ser acompanhados por todos que pensam em investir no segmento. Eles, certamente, contribuem para as melhores tomadas de decisão.
Se você gostou do post e tem experiência com algumas dessas taxas, deixe seu comentário. Vamos gostar muito de saber suas impressões sobre o assunto!